quinta-feira, 27 de novembro de 2014

A menina dos olhos de Deus


Ela é uma muralha. Símbolo de força, auto-controle, superação, determinação e amor. Ela olha para frente, é sonhadora, não se abate por besteiras, vive intensamente, aproveita cada momento como se fosse o único, com leveza e positividade. Ela faz de um limão, uma limonada deliciosa e gelada que sacia a sede e refresca no calor. 

A arma mais poderosa é o sorriso, o sorriso sincero. Ela ri por tudo. Ela faz e acontece. Quando ela quer algo, luta até conseguir. Sempre tem um ombro para oferecer aos sofridos, sempre uma palavra positiva que alimenta a alma, tem uma energia contagiante e que acalma as pessoas que estão precisando. Mata e morre pelos que ama. Cuida dos outros, chegando até a esquecer de si mesma, esquecendo que ela é um ser humano. Mas ela não é tão alto suficiente assim, é uma mulher frágil assim como as outras. Ela percebeu que suas veias correm sangue, que dentro do seu peito bate um coração cheio de sentimentos. 

Deus a coloca situações para que ela perceba o quanto é dependente Dele. Deus faz isso por amor à ela. Ela também precisa de alguém que a escute, que dê colo quando ela precisa. Ela é carente, sim! Ela é. E diante de uma situação inesperada, ela vê que é como os outros, com as mesmas inseguranças e medos. Ela odeia se sentir insegura. Ela percebeu que sozinha não consegue nada. Ela chora como uma criança diante das intempéries da vida (principalmente quando se depara com uma barata). Ela é tão corajosa e tão covarde ao mesmo tempo. Às vezes ela quer resolver todos seus problemas do dia para noite. Deus sempre vai oferecendo o escape na hora certa, provando diariamente que Ele nunca abandona seus filhos.

Ela aprendeu com as porradas da vida que falar a verdade é sempre o melhor caminho. Que orgulhar-se do caráter é para poucos. Ela compreendeu que as coisas materiais passam, mas que o que prevalece são os laços invisíveis. Ela se apega com facilidade, ama sem reservas, ao tempo em que sabe praticar bem o desapego... ela desama rápido também, porque ela gosta da reciprocidade. Muitas feridas foram saradas, e ela não tem medo de se ferir novamente, porque ela aprendeu como curá-las. A única coisa que ela tem a oferecer é seu amor. O grande defeito é a memória, ela não esquece das coisas fácil, todas as experiências nunca serão esquecidas. Todas as palavras ditas nunca entrarão no mar do esquecimento. Ela lembra-se de todas. Onde não há troca, ela não fica. Ela não fica onde não tá feliz. Onde a felicidade reina ela tá presente. Ela só quer que a vida valha à pena. Uma típica canceriana.

quarta-feira, 19 de novembro de 2014

Carência



Decidir por si só, não ter que dar satisfações do dia-a-dia e etc. Viver sozinho tem seus benefícios, mas tem um lado obscuro que é alvo da reclamação de muita gente: a carência. Carência significa falta, ou seja, a privação de algo. Ouvi dizer que não é bom fazer feira com fome, você termina comprando mais do que precisa. É mais ou menos assim... ela é amarga, vai corroendo seu coração e te deixa vulnerável, responsável por atitudes precipitadas, deslizes e até mesmo exageros.

Isso se dá porque uma das coisas mais difíceis de serem controladas são as emoções. Elas vão te dominando e dizer não aos desejos é uma tarefa para os fortes (nada fácil, mas é super possível). Percebe-se a carência quando a primeira pessoa que faz um carinho na sua cabeça começa a mexer sentimentalmente com você... pode parecer estúpido, mas qualquer manifestação de carinho é o suficiente para desestabilizar uma pessoa carente. Cuidado com ela!!!! Você faz coisas que em estado normal não faria... (é quase um estado de embriaguez! hehe)

Nessa nossa sociedade que prega que a pessoa só é plena de estiver dentro de um relacionamento, é quase uma imposição ter que arrumar alguém pra se relacionar. Junta-se a carência afetiva com o modelo de uma pessoa "feliz" que a sociedade impõe, levando a pessoa a mergulhar na primeira oportunidade de viver um relacionamento. Afinal, precisa-se urgentemente resolver o problema da carência, diante disso, quando não se envolvem com desconhecidos, ficam presas à relacionamentos falidos por medo de ficar sozinha ou carente. O medo de ficar sozinho(a) aprisiona e te submete à situações que fazem mal a saúde do corpo e da alma.

A carência pode ser afetiva e sexual... No caso da sexual, pode-se resolver fácil, afinal, sexo casual é comum nos dias de hoje. Mas que graça tem? Não tem coisa melhor que um beijo cheio de paixão, do abraço de quem se ama, do sexo cheio de amor envolvido. Satisfazer apenas os desejos carnais não me parece ser tão interessante assim. Perde-se o sentido e o ato começa a ser mecânico e cheio de frieza. Quando as pessoas começarem a ver o sexo como consequência e não como o objetivo principal, poderíamos viver melhor nesta sociedade que está parecendo mais uma carneficina.

Ao meu ver, esperar ainda parece ser a melhor opção. Alimentar a carência com o que é verdadeiro é bem melhor. Na busca desenfreada de diminuir a carência, você pode resolver por alguns minutos e ter grandes dores de cabeça logo em seguida. Alimentar os desejos com o que não é de verdade não preenche, é super vaziooooo. Ainda vale a pena esperar... O sucesso será garantido.

Até...


quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Estou pronto?


Por vezes escutei a seguinte frase: Não estou pronto (a)! Mas o que é estar pronto? É está preparado para se relacionar? Mas desde quando precisa se preparar? A mudança de vida é tão brusca assim? É tão difícil assim dar espaço para felicidade entrar e fazer morada? Porque as pessoas tem medo de serem felizes? E quando as pessoas estarão prontas? Já me fiz tanto essas perguntas... mas hoje, depois de tantas coisas passadas eu consigo compreender melhor, ou ter o meu ponto de vista a respeito de tantos questionamentos que mais parecem conflitos internos.

Voltando... É preciso estar pronto? Eu respondo: É! Pronto para dividir a sua vida com outra pessoa. As pessoas entram na vida das outras, tomam espaço, cativam e depois vê que não era aquilo que queriam, e saem simplesmente porque não estão prontas para aquela nova situação. Eu estou focando apenas quem não está preparado para assumir um relacionamento... esta situação envolve o processo de auto-conhecimento, onde você, apenas você, tem que refletir sobre o que se quer para vida naquele momento, e não sair entrando na vida das pessoas sem qualquer tipo de responsabilidade por isso. Quando inserimos a pessoa na nossa vida, nos responsabilizamos por ela.

Somos responsáveis pelo que cativamos... Já dizia Saint-Exupéry, no Pequeno Príncipe. Quando se está pronto, você divide sua vida sem se sentir invadido, começando a fazer as coisas por prazer e não por obrigação. Nós temos a liberdade de escolha e porque não utilizá-la da melhor forma? Nada melhor que estar com a pessoa por vontade de ambos, pela necessidade de estar junto mesmo, pelos laços do amor, carinho e respeito. Eu nunca gostei dessa parada de obrigação, porque sempre achei que sentimento é gratuito e envolve muiiiiiiita espontaneidade. 


Entretanto, se a vida de solteiro ainda está impregnada em seu ser e você não se apegou suficiente em alguém a ponto de engatar um relacionamento, sugiro continuar sua vida de solteiro... assim, você não machuca ninguém. Assuma um relacionamento quando você estiver, de fato, preparado para isso e não apenas para mostrar a sociedade que você está namorando ou até mesmo pra mudar o status do seu facebook... De relacionamento vazio e de fachada as redes sociais estão cheias. Para assumir e depois tá com criancice.. dando pitú (zignow) na namorada, mentindo... essas coisas que só fazem minar a relação... então pare por aí! Coloque tudo em pratos limpos e assuma com honestidade sua vida de solteiro.

Quando se escolhe está com a pessoa, não sem pensa muito, a decisão é tomada de logo. Quando na sua cabecinha linda surgem diversas dúvidas, é melhor parar e reavaliar se vai entrar na vida da pessoa mesmo ou não. Até logo!!

terça-feira, 4 de novembro de 2014

O passado que não passou


Sentimento de posse. É isso que os ex-alguma coisa sentem. A história é bem assim: acabou o relacionamento e enquanto você está naquela fossa, numa vibe super negativa, ninguém se aproxima. O miseravi do ex nem liga pra saber sequer se você está viva. Aí você passa aquela fase difícil, onde a comida perde o gosto, o sono some, não se tem vontade de sair. Ir no espetinho da esquina parece ser o caminho do calvário. Até a vontade de se arrumar se perde. Tu perde peso, vira um esqueleto ambulante ou até mesmo uma galinha magrela da Etiópia.

Mas, ao passar dos dias, o tempo vai cumprindo sua missão e tudo vai passando, a dor que parece que rasga o peito já não se sente mais, até a saudade passa. Um belo dia você acorda e não se sente mais nada. Nada mesmo! Essa é a melhor parte, como uma fênix, você ressurge das cinzas. Começa retomar o ciclo de amizades, se arrumar, começa a ver as possibilidade que a vida traz, e se amar, e a energia começa a ficar positiva. Você começa a conhecer pessoas novas, as paqueras surgem e pronto. Página virada! Justamente neste momento, onde você sequer lembra da existência do ex, ele surge. Basta te ver postando frases de amor ou fotos no facebook. É ver que você tá bem que ele começa a pentelhar. Quer ver começar o inferno, é só você se apaixonar novamente. Ele te quer a qualquer custo. Mas não porque se deu conta que te ama, mas pelo sentimento de posse. Enquanto você está ligada emocionalmente a ele, tá tudo bem. Basta ele saber que já não é mais o centro das atenções... aí o passado quer voltar a ser presente.

Aquele sábio e velho ditado “as pessoas só dão valor quando perdem”, não tem coisa mais certa. Porque o ser humano é assim? Precisa perder pra dar valor ao que tinha... Não venha com aquela frase clichê... “ahhhh eu era feliz e não sabia...” As coisas passam, não deu valor, perde e muitas vezes perde definitivamente. Não acredito em reconciliações. Posso até pagar minha língua, mas na minha cabeça, se acabou é porque o sentimento não foi forte suficiente para suportar os percalços do relacionamento e se deu o fim. Pra mim, voltar com ex é a mesma coisa que voltar a comer no prato que cuspiu. Não faz sentido!

Você pode até achar que vai recomeçar do zero. Tente. Mas na primeira briga tudo volta à tona. Vocês vão se lembrar de todas as mágoas que passaram um com o outro. É dar murro em ponta de faca. Se você não consegue conviver com os defeitos do outro, não é numa segunda chance que você vai conviver. Calma, respire fundo e reflita as inúmeras possibilidades que a vida te dá. Foi bom, você amou, deu o seu melhor, foi honesto, mas mesmo assim entrou água no navio. Levanta a cabeça e segue em frente... Foi bom enquanto durou e outras histórias serão vividas por você.